«O símbolo é, como definiu um poeta, “aquela verdade que tem face de mentira”. Ele exprime, numa linguagem de beleza, que encanta os sentidos, realidades profundas, que estão além do que a língua humana pode manifestar…
«Felizmente para o maior número, o homem não se define como uma inteligência pura: o símbolo, sendo uma linguagem por imagens, é mais expressivo que a própria palavra. E esta mesmo que é, senão o símbolo imperfeito do pensamento?
«Assim como sem a palavra não há pensamento, também sem os símbolos não há civilização – eles traduzem o que nela há de mais íntimo: a alma.»
(D. Manuel Gonçalves Cerejeira, “Vinte Anos de Coimbra”, Lisboa, MCMXLIII, p. 174, 2ª edição)