Os massacres de Setembro foram execuções em massa que ocorreram em Paris entre os dias 2 e 7 de Setembro de 1792, no processo de «consolidação» da Revolução Francesa (1789).
Sob o pretexto de que os prussianos planeavam entrar na cidade e libertar os presos contra-revolucionários, os agitadores, incitados por Danton e Marat, promoveram uma chacina nas prisões. Mais de 1300 prisioneiros foram mortos, contando-se entre eles sacerdotes, nobres, cidadãos e até crianças.
O massacre começou no Convento do Carmo (transformado em prisão), a 2 de Setembro de 1792. Invadido por um bando de revolucionários conhecidos como «sans-culotte», ali foram trucidadas 191 pessoas, sob a acusação de serem «inimigos da pátria, maus cidadãos e rebeldes que recusaram prestar juramento à «Constituição Civil do Clero» (condenada pela Igreja).
Estas vítimas do ódio revolucionário foram consideradas mártires e beatificadas em 1926 por terem sacrificado a vida pela Fé. Entre elas contavam-se três bispos: João Maria du Lau d’Allemant, Bispo de Arles, e os irmãos Francisco e Luis de la Rochefoucauld (pertencentes à mais alta nobreza da França), respectivamente bispos de Beauvais e de Saintes. Foram também chacinados mais 127 sacerdotes do clero secular e 56 religiosos, entre os quais o último superior-geral dos Maristas, o beneditino Ambrósio Cheveux. Entre os cinco leigos sacrificados cabe referir o Conde de Valfons, Carlos de la Calmette, que afrontou impávido o martírio, bradando em nome de todos: «pertencemos à Igreja Católica, Apostólica, Romana!»
Estes prisioneiros do Carmo foram trucidados pelos «sans-culotte» sem que houvesse um único gesto dos gendarmes para defendê-los. Alguns foram executados no dia seguinte (3 de Setembro) como represália pela fuga do Rei Luiz XVI para Varennes.
Os massacres de Setembro prolongaram-se até ao dia 7 e estenderam-se a outras regiões da França.
Este era o conceito de «Liberdade, Igualdade, Fraternidade» da Revolução Francesa…