No Consistório do Vaticano, ocorrido a 31 de Agosto passado, estiveram reunidos quase todos os cardeais do mundo. Faltou o Cardeal Joseph Zen, de Hong Kong, que está sob prisão domiciliar, por ordem do Partido Comunista chinês.
Por ter ousado defender os direitos humanos em Hong Kong e na China, desafiando a nova «lei de segurança nacional», o Cardeal Zen vai ser julgado pelos tribunais comunistas, o que faz recear pela sua vida. O Consistório, porém, não disse uma palavra sobre o assunto porque o Vaticano assinou com a China um acordo em que tacitamente reconhece a chamada «Igreja Patriótica», ou seja, uma igreja controlada pelo Partido Comunista, até na nomeação ou rejeição de bispos indicados pela Santa Sé.
«Haverá um processo injusto no próximo mês. Ninguém levantou a questão gravíssima do nosso co-irmão Zen» – comentou o Cardeal Gerhard Müller em entrevista concedida a «Il Messagero», a 1 de Setembro. «Não se pronunciou o reitor, cardeal Re, nem o secretário de Estado, Parolin, nem mesmo o Papa. Não houve nenhum documento de solidariedade, nenhuma iniciativa de oração para ele», destacou o Cardeal Gerhard Müller.
Recorde-se que este último Consistório reuniu «Um Colégio de Cardeais com muitas caras novas, a maioria delas vindas de onde há décadas era impensável, mesmo impossível, que um bispo, mesmo um simples padre, pudesse imaginar estar vestido de púrpura», lembrou o Pe. Modino em matéria publicada por «Vatican News».
O que houve então de novo nesse Consistório para se admitirem membros (feitos cardeiais) que noutros tempos jamais poderiam ali estar? Têm uma concepção «diferente» da Fé católica?… Sabem que um dos seus irmãos é perseguido e está injustamente preso por um regime totalitário, mas nem sequer propõem uma oração colectiva para ele?…
É verdadeiramente estranha esta cumplicidade do Papa Francisco e dos Cardeais com o comunismo, ao mesmo tempo que manifestam intolerância ao que ensinaram os Papas anteriores e aos católicos fiéis à Tradição Apostólica.
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