A 29 de Julho de 1099 faleceu o Papa Urbano II, a quem coube a iniciativa de conclamar a Primeira Cruzada.
Crendo que a partir do território francês seria mais fácil galvanizar a Europa, Urbano II deslocou-se a Clermont (Auvergne), onde inaugurou o célebre Concílio, em 1095. Houve uma exortação solene a empunhar armas para a libertação de Jerusalém, então sob o domínio islâmico.
Imediatamente após a conclusão do discurso papal, a assembleia, representada pelas mais altas linhagens dos nobres franceses, irrompeu num brado unânime: «Deus o quer! Deus o quer!». Essa assombrosa unanimidade, formando um só coro na gigantesca multidão, foi considerada portentoso milagre.
O Pontífice não chegou a ver a realização do glorioso intento, qual seja, a libertação dos Santos Lugares das mãos muçulmanas, pois viria a falecer quatro anos depois.
Foi no pontificado de Urbano II que se introduziu o costume de fincar cruzes no entroncamento das grandes estradas. Nesse mesmo Concílio determinou o Papa que a proximidade de uma cruz significaria, em presença de alguém perseguido por adversários, um asilo tão inviolável quanto o interior dos templos católicos.