As democracias ocidentais, representadas pelo inglês Chamberlain e pelo francês Daladier, na ilusão de evitar a guerra, procuraram um compromisso a qualquer custo com a Alemanha nazi, firmando com Adolf Hitler um acordo em Munique (Alemanha) a 30 de Setembro de 1938.
São conhecidas as palavras de Churchill, chefe da oposição conservadora, no dia seguinte à assinatura do acordo: «Devíeis escolher entre a vergonha e a guerra. Escolhestes a vergonha e tereis a guerra».
Menos de seis meses depois, em 15 de Março de 1939, violando o acordo assinado, Hitler invadiu a Checoslováquia e incorporou ao Reich os territórios da Boémia e da Morávia, que passou a considerar como seus «protectorados».
Alguns meses depois, em Agosto de 1939, foi a vez do chamado «Pacto Ribbentrop-Molotov» que estabelecia a neutralidade entre a Alemanha Nazi e a União Soviética. Assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von Ribbentrop (Alemanha) e Viatcheslav Molotov (União Soviética), este acordo caiu como uma bomba na opinião pública europeia, estupefacta pelo súbito entendimento entre dois países que pareciam representar ideologias opostas (J. GUIFFAN, “Histoire de l’Europe”, cit., p. 195).
Na verdade, ambos eram socialistas, totalitários e profundamente anti-cristãos. A diferença entre nazismo e comunismo era praticamente insignificante. O comunismo é ateu, materialista e partidário da omnipotência do Estado. O nazismo não é menos ateu, nem menos materialista, nem menos totalitário. A imoralidade comunista é de inspiração satânica e a obra paganizante do nazismo era de igual natureza.
Extrema-direita e extrema-esquerda são a mesma coisa. Na sua essência não são opostas, ao contrário do que geralmente se pensa por causa das suas diferenças acidentais.
Optar entre comunismo e nazismo é escolher entre Lúcifer e Belzebu, entre um demónio ou outro.
O fim dessas ideologias era o mesmo: a descristianização total do mundo com recurso a quaisquer meios. Daí o enganoso acordo entre líderes das «democracias» e nazis, entre estes e soviéticos. Foi assim antes da Guerra e assim foi também após a Guerra.
A derrocada do nazismo, com efeito, deu inevitavelmente lugar à agressão comunista e à sua disseminação pelo mundo, principalmente após a Conferência de Yalta (Fevereio de 1945), que facilitou vergonhosamente ao Kremlin a entrega das nações da Europa Oriental. Do domínio nacional-socialista (nazi) passaram essas nações para o socialismo soviético, onde estiveram cativas até à derrocada do «Muro da Vergonha» (1989) e posterior colapso do império comunista russo (1991).