Em Junho de 1940, Hitler já dominava parte importante da Europa Ocidental mas a Inglaterra resistia. A invasão deste país, portanto, seria o golpe final para a vitória definitiva do nazismo.
Tendo planeado a invasão da Inglaterra pelo mar, a Alemanha deveria primeiramente alcançar a superioridade aérea. Tentou consegui-la entre Julho e Outubro de 1940 com uma série de operações e ataques aéreos que ficaram conhecidos na história como «Batalha da Inglaterra». Os alemães tinham a maior força aérea do mundo (Luftwaffe) enquanto a força aérea dos ingleses (RAF) era bem menor, porém mais ágil e dotada de melhor tecnologia pois já possuía os ainda desconhecidos radares. Além disso, contava com um elemento decisivo, ou seja, com a vontade de vencer do seu povo e a liderança firme, lúcida e competente de Winston Churchill.
Com menos aviões e menos pilotos, a RAF enviava para o combate os jovens recém-formados, que não tinham medo de enfrentar o inimigo. Muitos perderam os aviões e caíam ao mar, mas eram resgatados pela Marinha Imperial, sendo imediatamente recolocados em combate, alguns até quatro vezes no mesmo dia. Passados quatro meses do desgastante confronto, a Inglaterra estava prestes a sucumbir, o que determinaria também o destino da humanidade.
Porém, a atitude e a resistência dos seus jovens pilotos obrigou Hitler a mudar a sua estratégia, reduzindo as operações nessa frente de batalha, o que permitiu à Inglaterra recompor-se. Foi essa reacção do povo inglês que salvou a humanidade do nazismo. Em discurso que entrou para a história, Churchill resumiu numa frase o desempenho dos seus pilotos: «Nunca tantos deveram tanto a tão poucos!»
Luís de Magalhães Taveiro