Nova campanha de difamação da Igreja, desta vez no aniversário do falecimento da Irmã Lúcia…

17 Fevereiro 2023

Depois de bem cozinhado e manipulado, o «relatório final» da comissão «independente» para o «estudo» de abusos sexuais de crianças na Igreja Católica portuguesa, foi publicamente apresentado no dia 13 de Fevereiro, precisamente a data de aniversário do falecimento da irmã Lúcia. Coincidência?… (Foto de © Reinaldo Rodrigues/Global Imagens, in Diário de Notícias)

Sobre os alegados casos de abusos sexuais da parte do clero, conforme tem ultimamente circulado na comunicação social, cumpre lembrar que, na apresentação de uma queixa-crime, a quem de direito, as autoridades normalmente procedem a um inquérito e à recolha de provas, procurando saber quem é o autor do crime.

Ora, relativamente aos números apresentados — 4815 vítimas — perguntamos: como podem 512 testemunhos produzir tal número exorbitante de 4815 vítimas? Refira-se também que destes alegados casos, apenas 25 foram entregues ao Ministério Público, sendo que metade deles já foi arquivada. Recorde-se ainda, que a dita comissão não é nenhum órgão judicial e que a presunção de inocência deve prevalecer até prova em contrário.

Professor de Direito, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa devia saber disto mas ainda agravou mais a imagem negativa que a esquerda tenta dar à Igreja Católica quando, em Outubro de 2022, ao conhecer o resultado da investigação daquela comissão, comentou que «não me parece um número elevado». Eram então 400 casos e já nessa altura o comentário provocou várias reacções de indignação.

Cinco meses depois, precisamente no dia 13 de Fevereiro, aniversário da morte da irmã Lúcia, a dita comissão apresentou publicamente o número astronómico de 4815 vítimas. Recorde-se de passagem que, de acordo com o comunicado dessa comissão à imprensa, 4303 vítimas teriam sido identificadas por 512 pessoas a quem foi perguntado se conheciam mais casos de vítimas.

Realmente assim é fácil fazer números e «estatísticas»!

À vista da realização das Jornadas Mundiais da Juventude – no final do Verão –  compreende-se por que está a comunicação social (com a cumplicidade do Poder político, dominado pela esquerda) tão empenhada em manipular e escandalizar a opinião pública contra a Igreja Católica.

Com base em apenas 34 testemunhas e 500 formulários anónimos, enviados pela Internet, a comissão «independente» alega que encontrou mais de 4800 casos de abusos, porém sem apresentar culpa formada e juízo acabado sobre as  responsabilidades dos mesmos. Ignorando o princípio da presunção de inocência e sem constituição de arguidos, a comissão «independente» não hesitou em se precipitar numa verdadeira campanha de escândalo e difamação contra a Igreja Católica.

Assim é o nosso «Estado de Direito» e a nova administração da nossa Justiça!

Escusado seria dizer que os crimes de pedofilia ou de abuso sexual são intoleráveis e gravíssimos, principalmente quando cometidos por membros do Clero, devendo ser punidos de forma exemplar pela justiça dos homens e pela Igreja: «É impossível que não venham os escândalos, mas ai daquele por meio do qual eles vêm: ganharia mais se lhe atassem uma pedra de moinho à volta do pescoço e o lançassem ao mar do que ser motivo de escândalo para um destes pequeninos.» (Lucas,17,1)

Mas de um pequeno número de casos efectivamente comprovados até se partir para o exagero e para a manipulação com o objectivo de orquestrar uma insidiosa campanha de difamação, daí até se fazer com que boa parte da opinião pública portuguesa passe a desconfiar de todos os sacerdotes católicos, isso é política extremista de perseguição à liberdade religiosa, tal como ela é praticada nos países comunistas.

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