Dia de Portugal, de Camões e da comunidade cristã universal

10 Junho 2023

Porquê Camões?  E porquê comunidades de língua portuguesa? Ainda recentemente, numa reunião sobre problemas de saúde mental, um dos presentes surpreendeu com a questão do sentido de a Cruz aparecer na bandeira da região da Madeira e nas velas de barcos. Nunca teria ouvido falar do significado da Cruz nem sua relação com Cristo e o Cristianismo. Será possível esquecer que a Cruz faz parte da história de Portugal?  E que a Cruz, Cristo, Cristianismo e Descobrimentos portugueses pelos cinco continentes fazem parte da epopeia de Camões e da identidade portuguesa? São grandes os riscos de os secularismos, laicismos e a onda de wokismos iconoclastas actuais cozinharem um hibridismo de esquerda, aliado à direita liberalista pagã, para cancelar a grande interacção cultural do mundo descrita na epopeia interdisciplinar de Camões.

Na verdade, ninguém poderá anular o cristianismo e a Igreja Católica. Nem cancelar a identidade do Portugal de 900 anos que deixou as suas sementes e marcas nos cinco continentes. Estou a escrever no dia de Santo Bonifácio, inglês, que, nos séculos VII-WIII, cristianizou a Germânia e países limítrofes, a poucos dias da festa do Corpo de Deus e de 10 de Junho.

O Ocidente levou a Cruz de Cristo nas suas caravelas e naus, lançando as bases da globalização cristã católica associada às marcas portuguesa e espanhola. Esta globalidade continua a crescer, enquanto do Oriente muitos ouvem o mandato de Cristo e vêm evangelizar a Europa, tão descristianizada. Continuam o mandato de Cristo: «ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos ensinei» (Mt.28,19-20).

Pe. Aires Gameiro
4 de Junho de 2023

IPEC - Telegram

Ultimos artigos

25 de Abril, 50 anos depois: Meio século de ataques à Família e à Ordem Cristã

25 de Abril, 50 anos depois: Meio século de ataques à Família e à Ordem Cristã

A «liberdade» e a «democracia», tão proclamadas no 25 de Abril de 1974, foram rapidamente engolidas pelas forças da esquerda. O «contra-golpe» do 25 de Novembro impediu que o Partido Comunista tomasse conta do Poder, mas não foi senão um recuo estratégico da Revolução para entregar os destinos do País ao socialismo e aos seus aliados da social-democracia. Portugal entrou então em lenta agonia e a Família — célula mater de toda a sociedade — foi a mas atacada de todas as instituições, conforme descreve este Manifesto.

Biblioteca

O Regicídio de 1908
O Regicídio de 1908

Este livro é obra do Professor catedrático de Coimbra, Doutor Aníbal Pinto de Castro, tendo forte conteúdo  evocativo e rara beleza literária....

Share This