Na noite de 4 de Agosto, Nossa Senhora apareceu em sonho ao Papa Libério (352-366), manifestando-lhe o desejo de ver construída uma igreja no lugar onde achassem neve. Na manhã seguinte, 5 de Agosto, apareceu aos aturdidos romanos uma parte da colina Esquilino coberta de neve. Esta neve não se derretia mesmo sob os quentes raios do sol de Verão. O Papa teve assim a confirmação do desejo expresso pela Virgem, traçando ele próprio sobre a neve o perímetro da basílica a ser erigida, que seria chamada Sancta Maria ad nives, Santa Maria das Neves.
Quarta das Basílicas patriarcais de Roma (depois da de São João de Latrão, São Pedro e São Paulo fora dos muros), a Basílica de Santa Maria Maior é a mais importante entre as inúmeras igrejas dedicadas à Virgem em todo o mundo. Um século depois, Sixto III derrubou a estrutura precedente, utilizando o material para construir a igreja nas dimensões actuais, como recordação do Concílio de Éfeso, no qual fora proclamada solenemente a Maternidade divina de Maria Santíssima (Sixto III foi eleito ao pontificado um ano depois do concílio).
Foi também a 5 de Agosto (1585) que os portugueses chegaram às terras paraibanas. Ao ser fundado o primeiro centro urbano, foi construída a principal igreja do estado, dedicada a Nossa Senhora das Neves.