Um dos feitos mais destacados do falecido Presidente Jorge Sampaio, ex-advogado e defensor dos «trabalhadores» que faziam oposição ao regime de Salazar, foi a atribuição da insígnia de Grande Oficial da Ordem da Liberdade ao seu camarada comunista e ex-terrorista Camilo Mortágua (Foto: El País).
A título muito breve, recordem-se aqui dois factos relacionados com esse acto oficial do Presidente da República:
A condecoração foi atribuída no dia 10 de Junho de 2005. Como é bem sabido, o feriado do 10 de Junho era o Dia de Portugal, era o dia em que se honrava a Nação, a Comunidade Lusíada, Camões e a Língua Portuguesa. Até 1974, era também a data em que se condecoravam os Portugueses distinguidos na Guerra do Ultramar, em defesa das nossas Províncias da África e da Índia.
Camilo Mortágua era o oposto daquilo que o 10 de Junho simbolizava. Pode-se perguntar se o acto da condecoração em tal data não foi exactamente para espezinhá-la e subvertê-la, à semelhança do que se fez nesta República com tantos outros «ilustres» da era «pós-fascista»…
Vejam-se agora quais foram algumas das mais proeminentes acções de Camilo Mortágua para merecer aquela distinção do seu ex-camarada:
Assalto ao paquete Santa Maria;
Desvio de um avião da TAP;
Assalto ao Banco de Portugal;
Ocupação (selvagem!) da Herdade da Torre Bela, pilhagem e destruição do seu património.
Em suma, condecorado por terrorismo! Condecorado pelo Presidente da República! Condecorado pelo mesmo regime que fez «vista grossa» aos crimes de Otelo Saraiva de Carvalho!