Censura a mando dos ladrões de pensamento

4 Março 2021


Uma concepção a-filosófica e a-religiosa da sociedade, meramente económica e profissionalista, dá origem ao grande desespero das multidões contemporâneas. Ontem estas esbaldavam-se para fazer capital, hoje para fazer revolução e já amanhã para se atirarem no bueiro do miserabilismo niilista, isto é, na glorificação do andrajo e da miséria, da sujeira, do desmazelo e do caos. «Eliminado o factor pensamento da vida pública ou da vida social, qual é o tipo de ordem que querem, para as democracias recém-erectas, os homens que aí estão? A ordem de um curral, onde há ração e tranquilidade para que o Estado exerça sempre mais amplamente sua acção ordenhativa? Se o sistema democrático dá a cada pessoa o direito e o dever de votar, impõe-lhe também a obrigação de pensar. E quando a pessoa pensa, necessariamente fala do que pensa. Quando as famílias não pensam, não educam. Só votam quando obrigadas e pôem dentro da urna um papel com qualquer nome, nome-anedota, nome-pilhéria, conforme o caso até nome-blasfêmia. Mas isto já não é democracia, nem sequer curral. É outra coisa: é o triste campo de concentração, a mando dos ladrões de pensamento» (Plinio Corrêa de Oliveira, O tufão do contrapensamento, 11.2.1983).

IPEC - Telegram

Ultimos artigos

Povo, massa, verdadeira e falsa popularidade

Povo, massa, verdadeira e falsa popularidade

As eleições são acontecimentos que mexem profundamente com a opinião pública e que revelam muita coisa sobre o fenómeno da popularidade autêntica, da «popularidade» fabricada ou mesmo da impopularidade dos candidatos.

Biblioteca

O Regicídio de 1908
O Regicídio de 1908

Este livro é obra do Professor catedrático de Coimbra, Doutor Aníbal Pinto de Castro, tendo forte conteúdo  evocativo e rara beleza literária....

Share This