«A Revolução Iraniana não é exclusivamente do Irão, porque o Islão não pertence a nenhum povo em particular. O Islão é revelado para a humanidade e para os muçulmanos, não para o Irão… Um movimento islâmico, portanto, não pode limitar-se a nenhum país em particular, nem mesmo aos países islâmicos; é a continuação da revolução dos profetas», proclamou o ayatollah Khomeini, num discurso proferido em Novembro de 1979.
A profunda revolução que modificou o Irão, a partir desse ano, teve como um dos legados mais salientes uma nova configuração institucional do país.
A República xiita passa a ser dirigida por autoridades religiosas, não eleitas, com amplos poderes sobre o Presidente da República ou o Parlamento (eleitos). As directrizes da política externa ficarão nas mãos do Líder Supremo, que também comandará as Forças Armadas. Os Guardiães da Revolução Islâmica, uma força paramilitar estará igualmente sob a sua alçada.
Para afirmar a sua força política no campo internacional, a começar pelo Oriente Médio, o regime dos ayatollahs começa a perseguir, em determinado momento, a posse da bomba atómica.
Quais as ligações que levam o regime iraniano a procurar unir-se intimamente ao esquema do Foro de São Paulo?…