315 mil baixas nas forças armadas russas

14 Dezembro 2023

Quase tantas como o efectivo inicial que tinha Moscovo quando iniciou a invasão da Ucrânia!


Um relatório desclassificado dos serviços secretos dos Estados Unidos, citado pela REUTERS no passado dia 12 de Dezembro, avaliou em cerca de 315.000 o número de baixas (mortos e feridos) que a guerra da Ucrânia já custou à Rússia, ou seja, quase 90% do contingente que tinha quando o conflito começou, disse uma fonte ligada a esses serviços.

Diz o mesmo relatório que essas perdas humanas, somadas às perdas de material, principalmente veículos blindados, representa para Moscovo um atraso de 18 anos na modernização militar da Rússia.

A fonte da REUTERS disse que o relatório da inteligência dos EUA estimou em 360 mil homens o efectivo da Rússia quando começou a invasão em grande escala da Ucrânia, em Fevereiro de 2022.

Desde então, segundo o relatório, 315 mil soldados russos, ou cerca de 87% do total com que começou a guerra, foram mortos ou feridos, disse a fonte. Essas perdas são a razão que levou a Rússia a afrouxar os padrões de recrutamento para a invasão da Ucrânia, acrescentou a fonte.

«A escala das perdas obrigou a Rússia a tomar medidas extraordinárias para manter a sua capacidade de combate. A Rússia declarou uma mobilização parcial de 300.000 efectivos no final de 2022 e flexibilizou as normas para permitir o recrutamento de condenados e de civis mais velhos», diz a avaliação, de acordo com a mesma fonte.

O exército russo começou a guerra com 3.100 carros de combate, perdeu 2.200 e teve de “preencher” essa força com blindados T-62 produzidos na década de 1970, deixando apenas 1.300 no teatro de operações.

Por seu lado, Kiev trata as suas perdas como segredo de Estado. Os funcionários do Governo dizem que a divulgação dos números poderia prejudicar o seu esforço de guerra. Em Agosto, um relatório do New York Times citava funcionários norte-americanos que estimavam o número de mortos na Ucrânia em cerca de 70.000, mas o número real é provavelmente mais elevado.

Fonte: REUTERS – Notícia baseada na reportagem de Jonathan Landay.

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